quinta-feira, 16 de abril de 2009


PESADELO


Deito-me… cansado...
Minhas mãos vazias de ti
estão fechadas numa tempestade de sensações...
Os dedos da noite que acariciam-me meigamente
com um cinismo suave…embriagantes…

Fujo deles…
Viro-me…
Sinto-me a andar num carrossel negro
no qual esqueço de mim mesmo
e que me deixa cair num abismo quase atemporal,
e numa apoteose Dantesca
me atinge com os golpes de tua ausência…

Quero gritar
Mas nenhuma voz se solta...
Apenas intenções sofridas que se esvaem...

Permaneço em ondas de uma angústia sem cor...
Ritmado…
Como vagas de um nirvana gelado…

Perco-me…
Como uma gota de água num oceano de sede…

Adormeço exausto...

E então…Sonho-te!
Encontro-te…
Vivo-te…

Dos meus olhos fechados emana um sorriso…
Enquanto me dissolvo em ti…

O pesadelo de não te ter
voltará somente ao amanhecer !!…

Prussiano

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